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Todas as quintas-feiras um novo artigo com vídeo exclusivo sobre o tema em nosso canal do Youtube, Psicanálise Leo.

A partir da constatação de que os transtornos mentais são consequências de uma REGRESSÃO PSÍQUICA a pontos de FIXAÇÃO nas organizações pré-genitais infantis da libido( energia da pulsão sexual), e de que ocorre uma ESTAGNAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MENTAL EMOCIONAL, que CONGELA o comportamento possível do indivíduo humano em restritas possibilidades, com sintomas típicos correspondentes, de maneira que a gravidade do conjunto de sintomas sempre dependa, em relação diretamente proporcional, do grau de regressão psíquica; e sempre dependa também do grau de perda da realidade determinado pelo tipo de defesa psíquica empregado pelo ego, com a aceitação ou a recusa da percepção da realidade, a psicanálise estrutura suas formas de psicoterapia.

O ESTUDO DA HISTERIA pelos neurologistas do Século XIX dá origem à psicanálise… Enquanto isso KRAEPELIN descreve a ” demência precoce”. Em 1911 Bleuler denomina a “demência precoce” como sendo a ”ESQUIZOFRENIA”, com grande influência da psicanálise de FREUD… Assim, Neurologia, Psiquiatria e Psicanálise estão intrinsecamente interligadas, com a PSIQUIATRIA surgindo da NEUROLOGIA, ao final do Século XIX… A teoria psicanalítica, desenvolvida por FREUD, ABRAHAM, FERENCZI, KLEIN E WINNICOTT, fornece uma “arrumação conceitual” para a Psiquiatria, para a Psicologia, para a Filosofia e para a Epistemologia, a partir de contribuições oriundas da sua TEORIA DO DESENVOLVIMENTO/REGRESSÃO DA LIBIDO AOS SEUS PONTOS DE FIXAÇÃO INFANTIS COM INCREMENTO DA FUSÃO/DESFUSÃO DAS PULSÕES DE VIDA E DE MORTE, respectivamente. Assim, a psicanálise de Freud descobriu a interligação, a gradação, de grau de amadurecimento psíquico/ regressão psíquica, que perpassa todas as entidades nosológicas descritas pela PSIQUIATRIA e pela PSICOLOGIA, como veremos abaixo, com a inestimável ajuda da teoria psicanalítica.

Na teoria psicanalítica , um “surto psicótico” é reconhecido como sendo correspondente ao momento de complementação de um processo de “REGRESSÃO PSÍQUICA”, QUE CONDUZIU o funcionamento da mente do paciente a ÉPOCAS ARCAICAS DA SUA PRIMEIRA INFÂNCIA, REVIVENDO VALORES PSÍQUICOS E PARÂMETROS VIVENCIAIS característicos das organizações pré-genitais da libido ANAL SÁDICA EXPULSIVA, ORAL CANIBALESCA E/OU ORAL DE SUCÇÃO. Portanto, é condição imprescindível para a EMERGÊNCIA DE UM BROTO PSICÓTICO NA CONSCIÊNCIA um prévio e, em geral, LONGO PROCESSO DE REGRESSÃO DA LIBIDO AOS SEUS PONTOS DE FIXAÇÃO orais e anais expulsivos, onde as características primitivas do funcionamento mental criam as condições para a FORMAÇÃO DE SINTOMAS PSICÓTICOS. A ausência da regressão da libido até essas três primeiras fases do desenvolvimento da libido, que são vivenciadas pelas crianças entre o nascimento e os dois anos de idade, inviabiliza a formação dos sintomas psicóticos, que surgem, em geral, a partir de um primeiro “BROTO” ( “SURTO”).

NESTE VÍDEO, PROCURAMOS MOSTRAR QUE a depressão sempre está inserida em um contexto maior , com fatores determinantes, concomitantes e intervenientes característicos, tais como:

– predominância da ação da pulsão de morte sobre o ego (“pulsão de morte que retornou ao ego, desfundida da pulsão de vida, sustentando uma intensa capacidade de auto-agressão, em ausência do amor próprio e da capacidade de auto-preservação);

–  baixa autoestima e perda da esperança; expectativa da repetição inexorável de frustrações e convicção da inexorabilidade e irreversibilidade dos fracassos do passado;

"Os vícios são muitos e todos os vícios são, essencialmente, apenas um"... Essa iluminação desse conceito de " VÍCIO" nos é trazida por Sigmund Freud já em 1895, em seu " PROJETO DE UMA PSICOLOGIA PARA NEUROLOGISTAS", no conceito de " princípio da inércia neurônica" onde concebe a possibilidade da existência do fundamento básico para tentar explicar o funcionamento da mente humana, a partir da idéia de que "... cada neurônio seria preenchido com energia psíquica e que , simultaneamente, este mesmo neurônio já estaria , aí, nesta situação de preenchimento, compromissado, inexoravelmente, com a evacuação dessas magnitudes de energia. Essa explicação para os fundamentos da tendência impulsiva, compulsiva, observada na clínica psicanalítica, na clínica psiquiátrica e na psicopatologia, em geral, mostra a "COMPULSÃO À REPETIÇÃO" sempre atuando de maneira inexorável , decisiva, no SADISMO, no MASOQUISMO, nas PERVERSÕES , especialmente e nas psicoses e neuroses, implicitamente. A dependência de ópio, heroína, morfina, cocaína, crack, maconha, mescalina, sedativos , hipnóticos e de outros psico-fármacos, bem como o vício em jogos, em internet ou em qualquer outra coisa, mostram este aspecto autodestrutivo, que transcende os interesses da autoconservação, tal como descrito por Freud em seu conceito de "PULSÃO DE MORTE", comunicado e desenvolvido, pela primeira vez, no seu texto " PARA ALÊM DO PRINCÍPIO DO PRAZER", de 1920.

O estudo dos sonhos, que foi sistematizado e aprofundado por Freud, produz conhecimentos inestimáveis para o psicanalista , para o analisando e para a Humanidade. Os sonhos: == ) ocorrem todas as noites; ==) têm uma frequência de quatro a seis sonhos por cada período de oito horas de sono; ==) são, essencialmente, PENSAMENTOS, que se processam a partir da REGRESSÃO TÓPICA, FORMAL E TEMPORAL, que é naturalmente promovida pela “RETIRADA GERAL DAS CATEXIAS DA ATENÇÃO PSÍQUICA E DOS ÓRGÃOS DOS SENTIDOS” que ocorre, SEMPRE, de forma invariável, durante o estado de sono; == ) em virtude dessa REGRESSÃO, os pensamentos oníricos se processam por associações das imagens mnêmicas, “de coisa”, que lhes estão subjacentes e que lhes dão origem; == ) portanto, os SONHOS DE ADULTOS são constituídos, essencialmente , por ASSOCIAÇÕES DE IMAGENS PREDOMINANTEMENTE VISUAIS, REGISTRADAS NA MEMÓRIA, QUE ESTÃO CARREGADAS DE AFETO E QUE SÃO MONITORADAS PELAS DEFESAS INCONSCIENTES DO EGO, exibindo características bem definidas em sua articulação, tais como:

A formação de um psicanalista freudiano está alicerçada: (===) PRIMEIRO (===) – na análise pessoal do candidato a psicanalista, para que ele se familiarize com o seu próprio ID/EGO/ SUPEREGO , evolua como indivíduo humano e , assim, deste modo, se torne capacitado a interagir como psicanalista com aquelas pessoas que desejam trabalhar com a psicanálise; (===) SEGUNDO ( === ) – no estudo aprofundado e abrangente de todos os textos de FREUD, onde o candidato a psicanalista irá adquirir os fundamentos conceituais que permitirão que ele faça o discernimento entre aplicação da psicanálise e resistência à psicanálise, entre observação rigorosa e exaustiva dos fenômenos psíquicos e especulação, entre conceito psicanalítico e defesa contra a observação da realidade, entre manejo e elaboração dos conteúdos psíquicos transferidos e atuação permissiva e perversa pactuada e/ou omissa , do “analista”; ( === )

A partir da intuição de Breuer em “conversar sobre o sofrimento causado pelos sintomas histéricos em pacientes, estando estes pacientes em estado hipnótico”; e das “observações rigorosas e exaustivas” de Charcot, efetuadas em pacientes histéricos hipnotizados, tornou-se necessário e irrefutável o acréscimo do fator “REMINISCÊNCIAS INCONSCIENTES CARREGADAS COM AFETOS SEXUAIS INFANTIS E DESTRUTIVOS PATOGÊNICOS, COARCTADOS EM SUA DESCARGA PSICOMOTORA NATURAL, EM VIRTUDE DA OBEDIÊNCIA DO PACIENTE HISTÉRICO A ‘MOTIVOS MORAIS ‘ QUE SE OPÕEM RADICAL E INTOLERANTEMENTE A ESTA DESCARGA PSICOMOTORA NATURAL DESSES AFETOS ” gerando, assim, os sintomas histéricos. Freud percebeu que todos estavam lidando com uma MESMA ESTRUTURA, TODO O TEMPO.

Em nosso vídeo, procuramos ressaltar o aspecto decisivo para a criação dos “objetos autísticos”, que foram descritos por Tustin, em seu trabalho de 1982. A AUTORA nos mostra que o paciente autista cria fantasias a respeito dos seus próprios processos do seu funcionamento corporal, em um CONTEXTO de bloqueio da sua extroversão pulsional de vida( sexual e de autopreservação) e de morte para investimento em objetos transicionais e externos. Deste modo, a mente do autista trabalha “em um curto circuito psicossomático”, com as pulsões, já expressas por idéias, associação de idéias, sentimentos , fantasias e posturas psíquicas, referidas estritamente ao funcionamento do seu próprio corpo, a partir de uma “RUPTURA ENTRE O SEU SELF E O MUNDO EXTERIOR, tal como descrito por Freud em 1925( nos textos “Neurose e Psicose” e ” A Perda da Realidade na Neurose e na Psicose”).